Hoje em dia, devido aos avanços na terapia para controlo da infeção provocada pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH), a esperança média de vida dos doentes aumentou assim como a sua qualidade de vida. A introdução da terapia com anti-retrovírus veio também permitir às mulheres infetadas engravidar sem comprometer a sua saúde e com risco muito reduzido (1 a 2 por cento) de transmissão do vírus para o bebé.
O Instituto Valenciano de Infertilidade de Lisboa (IVI –LISBOA) tem desde setembro de 2013 um laboratório de fecundação in vitro independente só para tratar casais seropositivos. Desde a sua abertura até final de outubro de 2015 foram realizados dezoito tratamentos a casais em que a mulher é seropositiva para o HIV. Destes casais, treze transferiram embriões para a cavidade uterina da mulher e resultaram sete gestações. “Hoje temos registo de dois recém nascidos saudáveis” comenta Sérgio Soares, ginecologista e diretor clínico deste centro.
Os resumos apresentados hoje pelos nossos especialistas vêm comprovar o que já se sabia relativamente à qualidade de vida de pessoas seropositivas. As inovações tecnológicas e farmacológicas, têm permitido prolongar a vida destes pacientes bem como a manutenção do seu bem-estar. Também os avanços tecnológicos ao nível da PMA permitem ir mais além da qualidade e bem-estar destas pessoas… permitem-lhes passar além do sonho e concretizar o desejo de serem mães e pais com filhos saudáveis. No IVILisboa não discriminamos ninguém pelo seu estado de saúde e proporcionamos a gestação de bebés de casais seropositivos, sem risco de transmissão.
Artigo escrito pela Dr.ª Sofia Nunes, Diretora do Laboratório de FIV IVI Lisboa.
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