À espera da gravidez
A Ana e o Manuel (nomes fictícios) estão juntos há 5 anos, ela tem 34 e ele 36 anos, têm uma vida estável e há um ano decidiram que estava na altura de engravidar. Desde então, deixaram de utilizar contracetivos, mas infelizmente a desejada gravidez ainda não aconteceu. A Ana sempre pensou que um dia quando quisesse engravidar seria algo natural, por ainda não ter chegado a altura certa para ter filhos, a sua preocupação foi sempre evitar uma gravidez. À medida que o tempo passa, começam os dois a sentir o peso da espera, a expetativa seguida da desilusão todos os meses e surgem as primeiras preocupações: Será que temos algum problema?
Será que temos um problema?
A Ana fala com a sua médica, que lhe sugere uma consulta infertilidade (medicina da reprodução). Os dois ficam apreensivos, surgem emoções contraditórias e muitas questões sem resposta. Como o tempo continua a passar e a gravidez não acontece, decidem marcar uma consulta.
Consulta de infertilidade
Num momento inicial o médico pede uma série de exames e análises ao casal. Em geral os exames são mais invasivos para a mulher, por questões óbvias do seu corpo, mas é fundamental que os dois participem e se apoiem na exploração do problema. Os dois têm informações relevantes para dar ao médico. Nesta fase, muitos caminhos estão ainda em aberto e devem ser explorados com a ajuda de um especialista, passo a passo. De repente, um mundo de informações e experiências muito distintas surge na vida do casal, é muito natural que surjam alguns medos e preocupações.
Vivência do casal
A Ana e o Manuel sentem-se a viver intensamente este momento, sentem necessidade de conversar sobre o problema, mas tentam que este não seja o único foco do seu dia a dia. Nesta fase, mergulhar no mundo da infertilidade pode ser assustador e sobretudo desnecessário, pode significar a antecipação de algo que nem sequer se venha a colocar no futuro.
Plano
Já com os resultados, o médico terá mais informações para dar à Ana e ao Manuel, e claro, definir um plano com o casal.
Artigo escrito pela Psicóloga Dra. Filipa Santos – IVI Lisboa
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