- Nome, cargo e há quantos anos estás no IVI Lisboa?
O meu nome é Sofia Nunes e sou a diretora do laboratório de FIV. Estou no IVI desde que a clínica era um “embrião”! Comecei a trabalhar no IVI Valência quando surgiu o projeto de uma nova clínica em Lisboa. Vi-o crescer e desenvolver-se e foi para mim uma grande emoção quando vi as luzes do laboratório abrirem-se pela primeira vez!
- Qual a razão que te levou a escolher a tua profissão?
Amo a vida e adoro poder ajudar quem está à minha volta. Poder contribuir para a felicidade de muitos casais é sem dúvida algo que me preenche.
- Queres partilhar alguma história que tenha marcado o teu percurso no IVI?
Ao trabalhar no laboratório temos muito pouco contacto com os casais que estão em tratamento. No entanto, há sempre alguns que nos fazem mais perguntas, que querem saber mais acerca dos embriões e com quem acabamos por conversar durante os vários dias em que os seus embriões estão no laboratório. Lembro-me de uma senhora que estava muito ansiosa e com poucas espectativas relativamente ao tratamento. Tivemos longas conversas sobre embriologia e sempre a animei a não perder a esperança. Nunca me hei-de esquecer o dia em que nos visitou com o seu bebé e me chamou para ir vê-los. Ao vê-la tão feliz e pegar naquele bebé foi para mim uma sensação única! Uma sensação de vitória e pensar que valeu a pena!
- Os embriologista trabalham no “coração” de uma clínica de fertilidade, querem contar-nos como é o dia a dia dentro do laboratório de fecundação in vitro?
Para o bom funcionamento do laboratório temos que começar o dia a verificar que todos os equipamentos estão a funcionar na perfeição. Como por exemplo, fazemos as medições das temperaturas das incubadoras e frigoríficos e só depois iniciamos os procedimentos do dia. Há várias atividades que podem decorrer em simultâneo e por isso somos uma grande equipa no laboratório. Enquanto que alguns de nós estão a dar apoio às punções, preparando e guardando os ovócitos que são recolhidos pelo médico, outros estão a avaliar os ovócitos que foram inseminados para saber quantos embriões foram gerados. Durante a manhã também são feitas as descongelações de embriões e a avaliação de todos os embriões que se encontram no laboratório. São também discutidos os vários casos com os médicos. A meio do dia os ovócitos obtidos nas punções desse dia são inseminados e à tarde são realizadas as transferências embrionárias. No final do dia aproveitamos para tratar de tarefas administrativas e contactar com os casais para os informar como está a decorrer o tratamento in vitro. São dias muito preenchidos mas muito gratificantes.
- Para a maioria das pessoas o que se passa dentro de uma laboratório de FIV, parece ser ficção científica. Como descrevem a sensação de gerarem vida no vosso dia a dia?
É uma sensação única. É indescritível, pelo menos para mim. Se tivesse que escolher novamente uma profissão voltaria a escolher ser embriologista!
- O IVI faz 10 anos, diz-nos uma palavra que traduza o melhor de cada ano que passaste no IVI?
Catarina, Manuel, Mateus, Belém, Nelson, Maria, Madalena, João, Pedro e Francisco.
São muito poucas palavras para descrever 10 anos tão bem vividos. Acho que o nascimento de cada bebé é sem dúvida um exemplo do melhor de cada ano! Este tem sido um projecto que não tem parado de crescer e espero que assim continue! A equipa é fantástica e está de parabéns!
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