Quando o tratamento de fertilidade começa, é comum o foco estar no final do tratamento, ter um bebé nos braços. Mas… Como é o caminho até lá? Qual será o melhor tratamento? E quando a solução passa por uma ovodoação surgem dúvidas, perguntas e medos. Pedimos à Unidade de Apoio Emocional do IVI para fazer uma reflexão neste post sobre as principais dúvidas que surgem quando a palavra ovodoação é referida numa consulta de fertilidade.
Cada vez mais as mulheres adiam a idade de serem mães pela primeira vez, pelas mais variadas razões pessoais e novas circunstâncias sociais.
É certo que, na nossa cultura, a idade “ideal de maternidade” não coincide totalmente com a idade social das nossas jovens; os estudos, o início da carreira profissional, a tão ansiada estabilidade económica (incluindo a emocional), nem sempre se alcançam na idade em que a natureza define como sendo a ideal para se ser mãe.
Por todas estas questões, atualmente são realizados muitos mais tratamentos de reprodução assistida com doação de óvulos, mais conhecida como “Ovodoação”. Esta técnica é das que melhor alcança com sucesso a desejada gravidez.
A doação de óvulos supõe um “balão de oxigénio” para todas aquelas mulheres que adiaram a maternidade pelos mais variados motivos, por circunstâncias impostas ou voluntárias, ou simplesmente porque a vida às vezes é complicada. A ovodoação é uma oportunidade para não ter de renunciar a uma coisa ou outra, e para poder escolher, também, uma ou outra.
Doação de óvulos e a Sociedade
É muito normal ouvir-se em consulta, dúvidas sobre a ovodoação. Muito a medo perguntam-nos: A doação de gâmetas (óvulos ou espermatozoides) é aceite na nossa sociedade?
Diria que muito mais do que há 15 ou 20 anos. E é precisamente essa grande quantidade de mulheres a recorrerem a esta técnica, o que favorece a normalização da doação de óvulos, passando a ser uma técnica habitual em tratamentos de fertilidade.
Este tratamento tem os mesmos objetivos que os outros tratamentos que é realizar o desejo de formar uma família, tornar realidade esse projeto de vida, no momento em que as mulheres acharem que chegou o momento.
Ovodoação: Cada pessoa precisa do seu tempo
O facto de a doação ser socialmente aceite não faz com que a mulher ou as companheiras que entram nestes processos não tenham as suas preocupações. Poderá ser um choque ao início, passando por um duelo genético e uma fase de revolta, desinteresse e irritabilidade, até se chegar a uma fase de aceitação real do problema.
Cada pessoa tem o seu tempo para chegar a essa aceitação. Inclusivamente, entre os dois membros do casal, podem haver tempos diferentes. Há que saber respeitar o tempo que cada pessoa precisa.
Nas clínicas IVI, os psicólogos têm uma parte muito ativa no processo de seleção de dadores. O processo passa por uma avaliação psicológica e física das dadoras e, na medida do possível, para garantir na medida do possível que a dadora é uma pessoa saudável, a nível físico e psicológico.
Quais são as perguntas mais frequentes sobre a Ovodoação?
Quando o tratamento com doação de óvulos é o mais indicado, aconselhamos que venham a uma consulta na Unidade de Apoio Emocional do IVI, para que conheçam o processo de seleção, para que haja um debate de opiniões e para que possam partilhar os vossos medos, preocupações, dúvidas e questões que tenham. A perguntas mais frequentes são:
- Quem são as dadoras?
- A que grupos pertencem?
- Que exames médicos e psicológicos são realizados?
- Como e quem é que escolhem uma dadora para uma recetora?
- Tem de se contar a criança que nasceu através de doação de óvulos?
- Que importância tem o vínculo genético?
- Porque é que é tão importante o vínculo afetivo?
- O que determina a carga genética?
Se estas são as suas dúvidas, não tenham medo de colocar estas questões em consulta. Estamos aqui para resolver todas as preocupações que possam surgir quando a palavra Ovodoação surge em consulta.
Que papel tem a Epigenética num tratamento de Ovodoação?
O desenvolvimento da gravidez é a chave para determinar o mapa genético do bebé. Para além disso, um estudo IVI, determinou a conexão e a mudança que o útero materno tem sob o embrião, como podem ver neste post sobre epigenética. Estamos constantemente a investigar sobre este vínculo que se estabelece dentro do útero materno.
Falamos?
Com informação do vosso lado, terão uma visão mais ampla que vos permitirá tomar uma decisão de uma forma mais livre e consciente. E seja qual for a decisão, será sempre a mais correta.
No IVI dispomos de uma Unidade de Apoio Emocional que vos pode ajudar a refletir sobre as vossas preocupações e dúvidas, ao longo desta caminhada até à gravidez.
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