A prática de exercício físico está na moda e é a nova tendência do século XXI. Investigadores do IVI realizaram um estudo com 85 candidatos a dadores de sémen e depreende-se que a atividade física poderá melhorar a contagem seminal. Para o estudo, os candidatos realizaram um questionário internacional de atividade física (IPAQ), estandardizado internacionalmente e através do qual se determinou o grau de atividade física realizada.
O questionário quantificou a atividade física, atribuindo a cada atividade uma unidade energética denominada MET, como medidor da atividade física e gasto metabólico, e estabelecendo o desgaste energético em função do tempo dedicado na dita atividade. A contagem total destas unidades estabeleceu quatro níveis de atividade física: baixa, moderada, alta e muito alta.
Apesar do estudo ter sido realizado com uma amostra de população muito concreta, jovens com idade compreendida entre os 18 e os 35 anos, e não teria razão para ser aplicado a outra população com uma faixa de idade mais elevada, é aceite a afirmação de que realizar atividade física intensa, pelo menos três dias por semana, entra dentro de um estilo de vida saudável, a todos os níveis, inclusivamente para tentar prevenir a infertilidade.
Segundo a Dra. Susana Alves, diretora do laboratório de Andrologia do IVI Lisboa, “o que se depreende do estudo é que a atividade física intensa não só carece de afeitos adversos sobre a qualidade seminal, como também se associou a melhores parâmetros seminais.
A literatura descreve resultados contraditórios acerca da qualidade seminal em função da atividade física. Do ponto de vista prático desconhece-se o grau de atividade física ideal, carecendo de argumentos no momento de aconselhar uma eventual alteração na atividade física do homem, entre os casais com problemas reprodutivos. Se bem que seriam necessários mais estudos, com uma amostra maior para se poder especular sobre a conveniência dos homens inférteis aumentarem a sua atividade física.
Considerando os candidatos, que realizavam exercício, como desportistas a nível pessoal, e não desportistas de alto rendimento os investigadores do IVI desenharam um novo estudo, para identificar a incidência do exercício físico a níveis superiores, a uma intensidade quase excessiva.
Este estudo foi levado a cabo pelo IVI Bilbao pelos investigadores Marcos Ferrando, Roberto Matorras e Fernando Quintana.