Muitos casais desejam a gravidez múltipla, desconhecendo os riscos que esta supõe. O principal risco para a mãe e filhos numa gravidez de gémeos é o parto prematuro, ou seja, dar à luz antes das 37 semanas, circunstância que ocorre em mais de metade dos casos deste tipo de gravidez, independentemente da gravidez ser espontânea ou por tratamento de procriação medicamente assistida (PMA). Além disso, a necessidade de cesariana é muito mais frequente, aumentando também os riscos de complicações como hipertensão, excesso de líquido amniótico e diabete gestacional.
Muitas pacientes chegam um pouco cansadas e desanimadas à FIV, pelo que não querem nem ouvir o conselho de transferir apenas um embrião; preferem dois para aumentar as possibilidades de êxito e porque gostam da ideia de ter filhos gémeos. Contudo, há cada vez um maior conhecimento da sociedade deste tipo de gestação, o que está a fazer com que o SET (Single Embyo Transfer) ganhe mais adeptos que a gravidez múltipla.
No IVI estudamos a possibilidade de minimizar os riscos da gestação múltipla nos tratamentos de PMA, apostado assim pelo Single Embryo Transfer (SET) pela transferência de um único embrião, sempre que esta opção, depois de ser analisada, resulte viável.
O objetivo da medicina reprodutiva atualmente é um filho saudável em casa, e não dois, desta forma todos os esforços no panorama médico europeu são no sentido de humanizar a procriação medicamente assistida assemelhando-a à conceção natural. Tenta-se evitar a gestação gemelar melhorando as técnicas que permitem selecionar o melhor embrião: estudar cada segundo de desenvolvimento do embrião com a ajuda do Embryoscope (primeiro incubador cinematográfico), a vitrificação de gâmetas e embriões, e a análise metabolómica do embrião, são fatores chaves para atingir o objetivo.
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