A Inseminação Artificial é uma das técnicas mais simples no âmbito da Medicina da Reprodução, uma vez que não requer a entrada num bloco operatório, nem o uso de anestesia ou sedação. No entanto, nem sempre se pode recomendar este tratamento. Depende do estado das trompas de Falópio, da idade da paciente, da qualidade do sémen do companheiro, entre outros fatores.
Normalmente, em consulta, é muito frequente haver perguntas sobre o preço da Inseminação Artificial (IA), se é um tratamento que têm ou não comparticipação da Segurança Social, como é o processo e, especialmente, quem se pode submeter a uma IA. Vamos tentar responder a todas estas perguntas.
Perfil de paciente
De forma geral, o perfil de paciente mais adequado é:
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- Problemas simples e moderados relativamente à qualidade espermática devido a uma redução não preocupante da quantidade, mobilidade ou qualidade morfológica do esperma;
- Defeitos na qualidade do muco do útero, que nestes casos atua como uma barreira que dificulta a deslocação dos espermatozóides em direção do útero e trompas;
- Infertilidade de causa desconhecida, que afeta os pacientes em que os exames diagnósticos convencionais vêm com resultados normais.
- Também se pode tentar uma gravidez com uma IA em casos de endometriose não grave, alterações das trompas de Falópio que não suponham a sua completa obstrução, alguns problemas de ovulação, entre outros.
- Mulheres sem parceiro masculino, sejam casais homossexuais ou mulheres que querem ser mães independentes, especialmente se forem pacientes com menos de 37 anos.
Preço da Inseminação Artificial
Cada caso é diferente e, para além disso, existe medicação específica para cada caso. O paciente terá toda a informação sobre o preço da inseminação em consulta, uma vez que terá de ser o médico a ver e a falar sobre o caso. Mas se vos servir como referência, podem sempre consultar o nosso link que vos indica um preço base do tratamento.
Como é o processo da Inseminação Artificial?
A mulher quando se submete a uma IA deverá seguir mais ao menos o seguinte processo:
1 – Trazer exames realizados anteriormente (como, por exemplo, uma Histerosalpingografia) e o respetivo diagnóstico do especialista para se perceber como começar a estimulação ovárica e qual a medicação adequada para que se produzam os folículos;
2- Começa a monitorização destes folículos através da realização de ecografias, de maneira a haver um seguimento de como eles se estão a desenvolver em tamanho e quantidade;
3- Quando for o momento ideal, e através da administração de outro tipo de medicação, começa a libertação do óvulo;
4- É agendado um dia e hora específicos para que a paciente e o seu companheiro (a) irem a consulta, dependendo do momento em que a medicação foi administrada anteriormente;
5- A cânula é carregada com a amostra de esperma, previamente tratada e selecionada (seja do companheiro ou do dador) e é introduzida no útero nessa consulta que foi agendada. Este é um processo praticamente indolor.
Se tiverem dúvidas sobre este procedimento podem deixar os vossos comentários aqui no blog.
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