É habitual ouvirmos que quando a mulher toma algum tipo de contracetivo durante muito tempo, pode ser prejudicial à sua própria fertilidade. Não existe prova científica para afirmar que esta influência existe. O que muitas vezes ocorre é que o contracetivo, principalmente a pílula, simula os ciclos menstruais normais, algo que proporciona a sensação de que o organismo está a funcionar bem, quando o uso do contracetivo pode estar a ‘camuflar’ um problema, na realidade.
Mais do que uma relação com o contracetivo, a dificuldade de engravidar após o abandono da pílula estar relacionada com a idade.
Ao utilizar métodos contracetivos muitas mulheres desconhecem o facto que a sua fertilidade está a diminuir naturalmente, principalmente após os 35 anos. Isso acontece porque os óvulos são células que acompanham a mulher desde antes do seu nascimento e, portanto, estão envelhecendo com ela.
Quando surgem os primeiros óvulos na mulher?
Quando as meninas estão em formação dentro do útero materno começam a formar os seus primeiros ovócitos. Ao nascer, a reserva ovárica de uma mulher ronda um ou dois milhões; a quantidade varia dependendo da genética familiar. A reserva de óvulos, também conhecida como reserva ovárica, vai diminuindo até a chegada da menopausa, momento em que a vida reprodutiva naturalmente chega ao fim. A cada ovulação o corpo prepara entre 10 e 15 óvulos, mas apenas um deles vai amadurecer e chegar à trompa de Falópio para poder ser fecundado, enquanto os restantes vão desaparecer.
Um dos principais fatores da queda da reserva ovárica é a idade, já que existe uma relação inversamente proporcional entre a idade da mulher e o número e qualidade dos seus óvulos. Apesar de não poder impedir o natural envelhecimento e perda de óvulos, a mulher pode evitar a aceleração desta perda mantendo hábitos saudáveis e/ou optar por congelar os seus óvulos (vitrificação), de forma que conservem a qualidade do momento do seu congelamento por tempo indeterminado.
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