Fertilidade à mesa: o papel da alimentação no caminho para a conceção

No processo complexo da fertilidade, a alimentação emerge como um fator crucial para promover a saúde reprodutiva. A Dra. Catarina Godinho, ginecologista e especialista em Medicina da Reprodução, destaca a importância da dieta mediterrânica, conhecida por seu foco em alimentos frescos e naturais. Este estilo alimentar, rico em frutas, legumes, cereais integrais e gorduras saudáveis, não só beneficia a saúde geral como também demonstra impactos positivos nos óvulos e no esperma, de acordo com estudos recentes. E alerta que o tabaco, o álcool e o stress devem ser “riscados” da lista.

Alimentação consciente fora de casa: lanches e refeições saudáveis e evitar armadilhas calóricas

Sempre que houver necessidade de comer fora de casa, a Dra. Catarina Godinho recomenda preparar lanches e refeições ligeiras, ideais para piqueniques e atividades ao ar livre. O alerta é para evitar alimentos processados, ricos em açúcar, sal e gorduras saturadas, que podem desregular os níveis de insulina e estrogénio, impactando a ovulação. Neste contexto, a escolha por uma alimentação variada, baseada em produtos naturais, não só evita o excesso de peso corporal, um inimigo da fertilidade, como contribui para a saúde reprodutiva tanto em mulheres quanto em homens.

Dicas da Dra. Catarina Godinho: vitaminas, minerais e alimentos essenciais para a conceção

No processo de tentar engravidar, a Dra. Catarina Godinho oferece orientações sobre os alimentos e nutrientes essenciais para promover a saúde reprodutiva:

Frutas e vegetais: Fontes ricas de vitaminas, minerais e antioxidantes, essenciais para o controle hormonal, proteção do esperma e desenvolvimento ósseo fetal. Destaque para o ácido fólico presente em vegetais como espinafre, brócolos e couve.

Grãos e sementes: Contribuem para a regulação dos níveis de açúcar no sangue e fornecem energia. Inclua na sua dieta alimentos como aveia, arroz integral, quinoa, nozes, amêndoas, castanhas, e sementes de girassol e linhaça.

Proteínas: Fundamentais na produção de espermatozoides saudáveis e na regulação hormonal feminina. Escolha fontes magras como peixe, frango, peru, ovos, feijões e lentilhas.

Gorduras saudáveis: Peixes gordos como salmão e sardinha, ricos em ómega-3, contribuem para a saúde hormonal e qualidade de óvulos e esperma. As gorduras monoinsaturadas, presentes no azeite, também desempenham um papel vital.

Laticínios: Importantes fontes de proteína e cálcio, essenciais para a saúde óssea e regulação dos ciclos menstruais. Além disso, o iogurte, com suas proteínas, cálcio e probióticos, promove a saúde intestinal, impactando positivamente a fertilidade.

No entanto, a Dra. Catarina Godinho destaca a importância de buscar a orientação de um médico especialista em fertilidade para uma avaliação abrangente da saúde reprodutiva e receber orientações específicas para facilitar o processo de conceção. Lembre-se, a jornada para a fertilidade é única para cada indivíduo, e a nutrição desempenha um papel significativo nesse caminho emocionante.