{"id":39019,"date":"2017-03-17T10:15:38","date_gmt":"2017-03-17T09:15:38","guid":{"rendered":"https:\/\/ivi.es\/?p=39019"},"modified":"2022-04-12T15:33:27","modified_gmt":"2022-04-12T15:33:27","slug":"progesterona-vaginal-reduz-a-taxa-de-partos-prematuros-e-complicacoes-na-gravidez-de-gemeos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/ivi.pt\/blog\/progesterona-vaginal-reduz-a-taxa-de-partos-prematuros-e-complicacoes-na-gravidez-de-gemeos\/","title":{"rendered":"Progesterona vaginal reduz a taxa de partos prematuros e complica\u00e7\u00f5es na gravidez de g\u00e9meos"},"content":{"rendered":"
Estudos internacionais em que o IVI participou mostram que a progesterona vaginal reduz o risco de parto prematuro, complica\u00e7\u00f5es neonatais e morte neonatal em mulheres com gravidez gemelar que tenham um colo do \u00fatero encurtado – grupo com maior risco de parto prematuro.<\/p>\n
Os partos prematuros s\u00e3o os que ocorrem antes da semana 37 de gravidez. Os principais riscos do nascimento antes do fim de termo, s\u00e3o a morte infantil e sequelas com incapacidade a longo prazo. As gravidezes gemelares t\u00eam, al\u00e9m do mais, 5 ou 6 vezes mais risco de parto prematuro.<\/p>\n
Antes do parto e na fase final da gravidez, o colo do \u00fatero torna-se mais fino e encurta-se. Em algumas mulheres o encurtamento do colo do \u00fatero ocorre antes, por volta do quarto ou quinto m\u00eas de gravidez. Este facto aumenta o risco de parto prematuro.<\/p>\n
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Estudos pr\u00e9vios demostram que a hormona natural progesterona, tamb\u00e9m chamada “hormona da gravidez” reduz o risco de parto prematuro. Especialmente em mulheres com gravidez \u00fanica e colo do \u00fatero curto. A sua aplica\u00e7\u00e3o \u00e9 feita via vaginal. “Por\u00e9m, o efeito deste tratamento em gravidezes gemelares era controverso”. Explicam os investigadores da Unidade de Medicina Materno-Fetal do IVI Val\u00eancia.<\/p>\n
Segundo os investigadores \u201cos achados aportam evid\u00eancia s\u00f3lida de que o tratamento com progesterona vaginal em mulheres com gravidez gemelar e colo do \u00fatero curto reduz a frequ\u00eancia de partos prematuros e complica\u00e7\u00f5es neonatais, tais como problemas respirat\u00f3rios e mortes neonatais.<\/p>\n
Ambos destacam que os estudos colaborativos internacionais representam a \u00fanica forma de dispor de suficiente quantidade de dados para poder responder a quest\u00f5es cl\u00ednicas num relativo curto prazo de tempo.<\/p>\n
O\u00a0presente estudo inclui os resultados de 6 estudos. Participaram 303 mulheres gr\u00e1vidas de g\u00e9meos e com um comprimento do colo uterino de 25 mm, ou menos, no 2\u00ba trimestre. Destas, 159 receberam progesterona vaginal e 144 receberam placebo ou nenhum tratamento. O risco de ter um parto antes da semana 33 reduziu-se a um 31% nas mulheres que receberam progesterona vaginal. A progesterona vaginal tamb\u00e9m reduz o risco de parto prematuro antes da semana 32 e 34 de gravidez. Todos os resultados foram estatisticamente significativos.<\/p>\n
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As crian\u00e7as nascidas de mulheres que receberam progesterona vaginal apresentaram:<\/p>\n
– redu\u00e7\u00e3o de 30% na taxa de problemas respirat\u00f3rios e nas complica\u00e7\u00f5es mais frequentes dos prematuros;<\/p>\n
– redu\u00e7\u00e3o de 46% na taxa de ventila\u00e7\u00e3o mec\u00e2nica assistida;<\/p>\n
– \u00a0Menos 47% o risco de morte neonatal.<\/p>\n