{"id":107198,"date":"2020-09-26T09:48:57","date_gmt":"2020-09-26T09:48:57","guid":{"rendered":"https:\/\/ivi.pt\/?p=107198"},"modified":"2023-11-29T09:04:25","modified_gmt":"2023-11-29T09:04:25","slug":"estudo-ivi-analisa-o-desenvolvimento-de-embrioes-aneuploides-pos-implantacao","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/ivi.pt\/blog\/estudo-ivi-analisa-o-desenvolvimento-de-embrioes-aneuploides-pos-implantacao\/","title":{"rendered":"Estudo IVI analisa o desenvolvimento de embri\u00f5es aneuploides p\u00f3s-implanta\u00e7\u00e3o"},"content":{"rendered":"<p>O <strong>ser humano<\/strong> \u00e9 o <strong>ser menos f\u00e9rtil que existe<\/strong>. At\u00e9 ao momento, acredita-se que a <strong>aneuploidia<\/strong>, ou seja, <strong>a presen\u00e7a de um n\u00famero anormal de cromossomas<\/strong>, seja uma das <strong>principais limita\u00e7\u00f5es da reprodu\u00e7\u00e3o humana,<\/strong> j\u00e1 que <strong>representa cerca de 50% das perdas gestacionais precoces<\/strong>. Al\u00e9m disso, as <strong>taxas de aneuploidia<\/strong> s\u00e3o notavelmente altas em <strong>embri\u00f5es humanos resultantes de fecunda\u00e7\u00e3o <em>in vitro<\/em> (FIV)<\/strong>, dos quais at\u00e9 50% s\u00e3o diagnosticados como aneuploides, conforme demonstrado por testes gen\u00e9ticos pr\u00e9-implanta\u00e7\u00e3o para aneuploidias (PGT-A). No entanto, ainda n\u00e3o h\u00e1 informa\u00e7\u00f5es cient\u00edficas suficientes sobre o efeito que cada aneuploidia espec\u00edfica tem no desenvolvimento do embri\u00e3o.<\/p>\n<div id=\"ez-toc-container\" class=\"ez-toc-v2_0_68_1 counter-hierarchy ez-toc-counter ez-toc-grey ez-toc-container-direction\">\n<div class=\"ez-toc-title-container\">\n<p class=\"ez-toc-title \" >&Iacute;ndice<\/p>\n<span class=\"ez-toc-title-toggle\"><a href=\"#\" class=\"ez-toc-pull-right ez-toc-btn ez-toc-btn-xs ez-toc-btn-default ez-toc-toggle\" aria-label=\"Toggle Table of Content\"><span class=\"ez-toc-js-icon-con\"><span class=\"\"><span class=\"eztoc-hide\" style=\"display:none;\">Toggle<\/span><span class=\"ez-toc-icon-toggle-span\"><svg style=\"fill: #999;color:#999\" xmlns=\"http:\/\/www.w3.org\/2000\/svg\" class=\"list-377408\" width=\"20px\" height=\"20px\" viewBox=\"0 0 24 24\" fill=\"none\"><path d=\"M6 6H4v2h2V6zm14 0H8v2h12V6zM4 11h2v2H4v-2zm16 0H8v2h12v-2zM4 16h2v2H4v-2zm16 0H8v2h12v-2z\" fill=\"currentColor\"><\/path><\/svg><svg style=\"fill: #999;color:#999\" class=\"arrow-unsorted-368013\" xmlns=\"http:\/\/www.w3.org\/2000\/svg\" width=\"10px\" height=\"10px\" viewBox=\"0 0 24 24\" version=\"1.2\" baseProfile=\"tiny\"><path d=\"M18.2 9.3l-6.2-6.3-6.2 6.3c-.2.2-.3.4-.3.7s.1.5.3.7c.2.2.4.3.7.3h11c.3 0 .5-.1.7-.3.2-.2.3-.5.3-.7s-.1-.5-.3-.7zM5.8 14.7l6.2 6.3 6.2-6.3c.2-.2.3-.5.3-.7s-.1-.5-.3-.7c-.2-.2-.4-.3-.7-.3h-11c-.3 0-.5.1-.7.3-.2.2-.3.5-.3.7s.1.5.3.7z\"\/><\/svg><\/span><\/span><\/span><\/a><\/span><\/div>\n<nav><ul class='ez-toc-list ez-toc-list-level-1 ' ><li class='ez-toc-page-1 ez-toc-heading-level-3'><a class=\"ez-toc-link ez-toc-heading-1\" href=\"https:\/\/ivi.pt\/blog\/estudo-ivi-analisa-o-desenvolvimento-de-embrioes-aneuploides-pos-implantacao\/#Estudo_IVI\" title=\"Estudo IVI\">Estudo IVI<\/a><\/li><li class='ez-toc-page-1 ez-toc-heading-level-3'><a class=\"ez-toc-link ez-toc-heading-2\" href=\"https:\/\/ivi.pt\/blog\/estudo-ivi-analisa-o-desenvolvimento-de-embrioes-aneuploides-pos-implantacao\/#Principais_conclusoes\" title=\"Principais conclus\u00f5es\">Principais conclus\u00f5es<\/a><\/li><\/ul><\/nav><\/div>\n<h3><span class=\"ez-toc-section\" id=\"Estudo_IVI\"><\/span>Estudo IVI<span class=\"ez-toc-section-end\"><\/span><\/h3>\n<p>Foi assim que <strong>nasceu mais um estudo do IVI<\/strong>, desta vez em colabora\u00e7\u00e3o com a Universidade de Cambridge. O<strong>s resultados permitem-nos apresentar a primeira an\u00e1lise detalhada do desenvolvimento ap\u00f3s a implanta\u00e7\u00e3o de embri\u00f5es humanos aneuploides<\/strong>. Algo que para n\u00f3s \u00e9 priorit\u00e1rio estudar com o i<strong>ntuito de otimizar a nossa pr\u00e1tica cl\u00ednica<\/strong> e assim possibilitar os <strong>melhores resultados nos tratamentos<\/strong> dos nossos pacientes. O que ali\u00e1s, \u00e9 uma <strong>m\u00e1xima para o IVI<\/strong>. Nessa linha, descobrimos que a plataforma de cultura da Universidade de Cambridge \u00e9 um excelente sistema para estudar o desenvolvimento embrion\u00e1rio e validar testes gen\u00e9ticos pr\u00e9-implanta\u00e7\u00e3o.<\/p>\n<p>As aneuploidias podem levar a falha de implanta\u00e7\u00e3o, aborto espont\u00e2neo e defeitos cong\u00e9nitos. Dado que se sabe muito pouco, sobre o impacto de aneuploidias espec\u00edficas durante as primeiras etapas do desenvolvimento do embri\u00e3o humano, o ponto exato em que os embri\u00f5es com c\u00e9lulas aneuploides cessam o desenvolvimento continua pouco claro. Essa falta de conhecimento \u00e9 em grande parte devido aos desafios t\u00e9cnicos no estudo do desenvolvimento do embri\u00e3o humano ap\u00f3s a implanta\u00e7\u00e3o (que ocorre no 7.\u00ba dia ap\u00f3s a fertiliza\u00e7\u00e3o), um per\u00edodo que envolve crescimento intenso, remodela\u00e7\u00e3o celular e mudan\u00e7as na identidade e o destino das c\u00e9lulas m\u00e3e. Avan\u00e7os t\u00e9cnicos recentes permitiram que embri\u00f5es humanos se desenvolvessem al\u00e9m do dia 7 de desenvolvimento embrion\u00e1rio e at\u00e9 ao 12.\u00ba ou 13.\u00ba dia de desenvolvimento, em laborat\u00f3rio, na aus\u00eancia de tecidos maternos. Os embri\u00f5es cultivados neste sistema recapitulam as principais transforma\u00e7\u00f5es morfol\u00f3gicas que os embri\u00f5es sofrem in vivo, portanto, este m\u00e9todo de cultura oferece uma oportunidade sem precedentes para caracterizar o desenvolvimento p\u00f3s-implanta\u00e7\u00e3o inicial de embri\u00f5es humanos aneuploides em laborat\u00f3rio.<\/p>\n<p>\u201cEstas descobertas mostram, por exemplo, como embri\u00f5es com trissomias 15 e 21 &#8211; ou seja, que t\u00eam tr\u00eas c\u00f3pias de cada um desses cromossomas &#8211; se desenvolvem de forma semelhante aos embri\u00f5es euploides &#8211; embri\u00f5es normais que cont\u00eam duas c\u00f3pias de cada um dos 23 cromossomas &#8211; ao contr\u00e1rio dos embri\u00f5es com monossomia 21 &#8211; uma \u00fanica c\u00f3pia desse cromossoma &#8211; que apresentam altas taxas de interrup\u00e7\u00e3o do desenvolvimento. Al\u00e9m disso, descobrimos tr\u00eas casos de mosaicismo &#8211; uma altera\u00e7\u00e3o no n\u00famero de cromossomas em apenas algumas c\u00e9lulas do embri\u00e3o &#8211; em embri\u00f5es que foram inicialmente identificados como completamente aneuploides por PGT-A, destacando o potencial de nossa plataforma embrion\u00e1ria humana para determinar a extens\u00e3o do mosaicismo gen\u00e9tico e a sua influ\u00eancia no desenvolvimento humano p\u00f3s-implanta\u00e7\u00e3o\u201d, explica o Dr. Antonio Pellicer, Presidente do IVIRMA Global.<\/p>\n<h3><span class=\"ez-toc-section\" id=\"Principais_conclusoes\"><\/span>Principais conclus\u00f5es<span class=\"ez-toc-section-end\"><\/span><\/h3>\n<p>\u201cEm resumo, o m\u00e9todo IVC de cultura de embri\u00f5es humanos \u00e9 uma plataforma \u00fatil para estudar a compet\u00eancia de desenvolvimento inicial ap\u00f3s a implanta\u00e7\u00e3o, j\u00e1 que \u00e9 um per\u00edodo de desenvolvimento embrion\u00e1rio que n\u00e3o pode ser estudado em embri\u00f5es que se desenvolvem <em>in vivo<\/em>. Com esse sistema, detalhamos o desenvolvimento de embri\u00f5es com aneuploidias espec\u00edficas at\u00e9 ao 9.\u00ba dia de desenvolvimento embrion\u00e1rio e as altera\u00e7\u00f5es espec\u00edficas dos tecidos resultantes. Al\u00e9m disso, os nossos resultados mostram que a plataforma de cultura pode ser usada para identificar casos de mosaicismo e embri\u00f5es mal diagnosticados por PGT-A. Esta identifica\u00e7\u00e3o abre portas para estudos futuros focados em determinar o destino de c\u00e9lulas aneuploides durante o desenvolvimento p\u00f3s-implanta\u00e7\u00e3o inicial e a capacidade de desenvolvimento das c\u00e9lulas. Embri\u00f5es de mosaico, uma necessidade cl\u00ednica que ainda n\u00e3o \u00e9 compreendida pela medicina reprodutiva, conclui a <strong>Dra. Sofia Nunes<\/strong>, diretora do laborat\u00f3rio de FIV do <a href=\"https:\/\/ivi.pt\/clinicas\/lisboa\/\">IVI Lisboa<\/a>.<\/p>\n<p>&nbsp;<\/p>\n<p>&nbsp;<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"O ser humano \u00e9 o ser menos f\u00e9rtil que existe. At\u00e9 ao momento, acredita-se que a aneuploidia, ou seja, a presen\u00e7a de um n\u00famero anormal de cromossomas, seja uma das principais limita\u00e7\u00f5es da reprodu\u00e7\u00e3o humana, j\u00e1 que representa cerca de 50% das perdas gestacionais precoces. 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